Berlim: almoço na Potsdamer Platz e jantar em família

@Sandra Nozaki (Arquivo Pessoal0
Sony Center na Potsdamer Platz

Depois de visitar o Memorial do Holocausto, caminhamos de volta até a Unter den Linden para pegar o metrô e ao Sony Center na  Potsdamer Platz. Sobre o metrô de Berlim, as estações e os trens são antigos, mas funcionam muito bem. Nas plataformas também existem placares eletrônicos que mostram dentro de quantos minutos o próximo trem vai chegar e em que direção vai. Assim como em São Paulo, você se baseia pela estação final/inicial.


A única coisa que não achei um pouco confusa foi a sinalização nas estações. Apesar das setas indicando a direção, demoramos para achar a saída para o Sony Center quando chegamos na Potsdamer Platz. Parecia que estávamos num corredor que não daria em lugar algum.

E aqui vale lembrar daquele ditado que diz que "nem tudo que reluz é ouro". Nas plataformas do metrô há elevadores para quem tem dificuldades de locomoção e cadeirantes. Pensamos que esses elevadores levariam até a outra plataforma, no caso das estações onde há interligações, mas não foi nada disso. Eram para subir até o nível da rua e vice-versa.


@Sandra Nozaki (Arquivo Pessoal)
Estação de metrô em Berlim


A Potsdamer Platz e o Sony Center

A Potsdamer Platz é a região mais moderna de Berlim, bastante visitada e movimentada. Durante a Segunda Guerra Mundial, o local foi muito bombardeado e os prédios que havia em seu entorno foram destruídos. Quando o muro de Berlim foi construído, a praça marcava a fronteira entre o lado oriental e ocidental e, sendo assim, acabou divida em duas. O lugar, então, se transformou num espaço vazio e deserto.

Com a reunificação da Alemanha, a Potsdamer Platz foi totalmente reconstruída, ressurgindo das cinzas assim como a lendária Fênix. Quando a gente chega na praça e vê aquelas construções tão bonitas e modernas, fica difícil imaginar o passado de destruição e abandono que durou tantas décadas por lá.

O Sony Center foi construído no ano 2000 e é um complexo de prédios modernos, com uma cúpula de design arrojado. Por fora não conseguimos vê-la e a visão que temos quando entramos no complexo é de surpreender. Além de ser sede da Sony, no local encontramos um cinema IMAX, lojas, vários restaurantes e, ali do lado, fica a Legoland Discovery Centre.

Almoçamos em um dos restaurantes dentro do complexo, que tinha um cardápio mais variado com saladas e carnes. Além deste, vimos um restaurante alemão (Bier Garten), outro italiano e outros que serviam hambúrguer e lanches. Pedi uma batata assada com creme azedo e salada. Estava muito gostoso e me sustentou bem.

Ah, aqui vai outra dica: os banheiros públicos em Berlim são pagos. O valor varia conforme o local. Lá no Sony Center custou 1 Euro para usar o banheiro enquanto nos shoppings era 50 centavos. Se não tiver um funcionário para receber, tem uma mesa com pratinho para deixar a moedinha. Não dá para reclamar, os banheiros são bem limpinhos.


@Sandra Nozaki (Arquivo Pessoal)
Meu almoço no restaurante do Sony Center


Checkpoint Charlie e o que sobrou do muro de Berlim

Pegamos o metrô na Potsdamer Platz e seguimos até a estação próxima ao Checkpoint Charlie, nossa última parada do dia.

O Checkpoint Charlie, hoje atração turística, era um posto militar que marcava a fronteira entre a Alemanha Ocidental e a Alemanha Oriental. Por lá passavam os estrangeiros e os membros das Forças Aliadas.

Dos três postos que existiam, o Checkpoint Charlie é o único que permaneceu e se transformou em símbolo da Guerra Fria, da separação entre o leste e o oeste. Em frente a cabine, ficam uns rapazes trajando uniforme militar e os turistas vão até lá tirar fotos com eles. É basicamente isso o que tem para ver e fazer ali.

Passando pelo Checkpoint Charlie e atravessando a avenida, logo na esquina está o Checkpoint Charlie Blackbox. Lá encontramos uma estrutura em forma de quadrado, todo na cor preta, onde funciona uma exibição permanente sobre a Guerra Fria. Para entrar, é necessário comprar ingresso.

Do lado de fora do Blackbox, encontramos vários painéis contando a história de Berlim, da construção do muro e de pessoas que tentavam fugir para o lado ocidental. Além disso, existe um pedaço do muro de Berlim em exibição. É um lugar muito interessante e que vale a visita.

@Sandra Nozaki  (Arquivo Pessoal)
Checkpoint Charlie, o antigo posto de fronteira entre
Berlim Ocidental e Oriental


A compra de 15 pães e a janta em família

Depois do Checkpoint Blackbox, pegamos o metrô para voltar até a Alexanderplatz. Chegando lá, nosso grupo se separou. Uma parte voltou para o hotel, a outra foi para a loja de departamentos Galleria Kaskada. Já eu e minha tia fomos procurar uma padaria ou algum lugar que vendesse pães.

Marcamos uma janta com a família da noiva (minha prima) aquela noite e, como minha tia havia trazido frios da Espanha, precisávamos comprar pão para servir de acompanhamento. Depois de procurar, acabamos comprando os pães numa delicatessen dentro da estação de trem.

Chegando no balcão, minha tia pediu (em inglês) 15 mini baguetes. A atendente arregalou os olhos e até repetiu o pedido para confirmar se era aquilo mesmo. Cheguei à conclusão que os alemães não compram tantos pães como a gente aqui no Brasil, que vai na padaria e pede 10 pãezinhos franceses assim, na boa. Ficamos com receio dela ter entendido 50 (fifty, em inglês) ao invés de 15 (fifteen), mas deu tudo certo. No final, saímos da loja  três sacos de mini baguetes (eles não tinham sacos de pão tamanho família como aqui).

Uma das coisas que gostei bastante em Berlim é que muitos estabelecimentos colocam mesas e cadeiras na calçada em frente, que costuma ser larga e reta. Tanto o H2 como o H4 Hotel disponibilizam uns sofás na calçada, que podem ser usados tanto pelos hóspedes como os pedestres que passam por ali.

Foi num desses sofás que encontramos a noiva e a comitiva dela. O plano era comer os pães e os frios como tira-gosto e depois jantar no restaurante alemão (Hofbrau) ali ao lado. Ao invés disso, entramos no restaurante do H2 Hotel e acabamos fazendo uma "farofa" em família lá mesmo. Não sei o que os funcionários pensaram de nós, mas todo mundo ficou mais à vontade e a noite foi bem animada.

@Sandra Nozaki (Arquivo Pessoal)
Pedaço do muro de Berlim em exposição no
Checkpoint Charlie Blackbox

E assim foi nosso primeiro dia andando por Berlim. Foi bastante puxado e cansativo, mas valeu muito a pena. No dia seguinte, resolvemos explorar a região da Alexandreplatz, que vai ser o tema do próximo post. 



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