Caminhando em Paris pela primeira vez: de Montmartre ao Louvre

Arquivo Pessoal



Primeira parada em Paris: a famosa casa de espetáculos, Moulin Rouge

Ao sairmos do hotel, eu e a Patrícia subimos a Rue d'Amsterdam em direção a Montmartre. Chegando na Place de Clichy, seguimos em frente por mais duas quadras e viramos à direita no Boulevard de Clichy até chegarmos ao Moulin Rouge.



O Moulin Rouge é um tradicional cabaré, símbolo da noite parisiense e da vida boêmia da cidade. Foi construído por Josep Oller em 1889 e funciona até os dias de hoje oferecendo espetáculos ao estilo da Belle Époque (dançarinas de cancan). Sua fachada é bem conhecida graças ao moinho vermelho que se encontra no terraço do prédio. Como é um local que atrai muitos turistas, não foi novidade encontrar várias pessoas tirando fotos em frente ao Moulin Rouge. Fizemos o mesmo, tiramos nossas fotos e seguimos com a nossa caminhada.


Segunda parada em Paris: a Basílica de Sacré-Coeur

Continuamos andando pelo Boulevard de Clichy até a estação Anvers do metrô de Paris. Em frente à estação, viramos uma rua à esquerda e chegamos na base da colina de Montmartre, em frente à escadaria e elevador (funiculaire) que levam até a basílica lá no alto. Antes de subir, fizemos uma pausa para um lanche num café ali perto e consegui gastar um pouco do meu francês com o garçom. 

Eu sempre soube que Montmartre era o bairro boêmio de Paris desde tempos passados, quando escritores, artistas e cortesãs circulavam por ali curtindo a night. Mesmo assim, fiquei um tanto surpresa (para não dizer chocada), ao ver casas de shows de striptease e de sexo explícito se misturarem a lojas de souvenires de Paris para turistas na mesma calçada, ao longo da nossa caminhada no  Boulevard de Clichy.

Depois do lanche, já reabastecidas, eu e a Patrícia subimos a escadaria e visitamos a Basílica de Sacré-Coeur. Símbolo do bairro de Montmartre e com uma arquitetura belíssima, a basílica foi construída com mármore branco entre os anos de 1875 a 1914. A vista da cidade era linda lá de cima, vi a pontinha da Torre Eiffel e então pude acreditar que estava realmente em Paris. 

Uma observação. Naquele ano de 2002, eu ainda não sabia como certas coisas funcionavam em Paris. Já na minha segunda visita à Cidade Luz, em 2015, usei o passe de transporte público para subir até o topo da colina pelo funiculaire de Montmartre. 


Terceira parada em Paris: o Jardim das Tulherias e o Louvre

Depois de descer a colina de Montmartre, eu a Patrícia fizemos o caminho de volta até o hotel. De lá, descemos a Rue d'Amsterdam, atravessamos o Boulevard Haussmann, contornamos a Igreja da Madeleine e chegamos até a Place de la Concorde. Foi quando vi o Rio Sena pela primeira vez. 

Atravessamos a avenida,  entramos no Jardim das Tulherias e começamos a caminhar em direção ao Louvre. Quando a gente olha o mapa (impresso ou não), não faz ideia da real dimensão de alguns lugares. O Jardim das Tulherias era muito maior do que imaginávamos: andávamos, andávamos e nada do chegar no Louvre. Só sei que chegamos lá quase uma hora depois e o museu estava fechando. Infelizmente, não foi dessa vez que vi a Mona Lisa e outras surpresas que o Louvre tinha para me oferecer. Mesmo assim, ficamos um tempo por lá tirando fotos, observando o movimento (enorme) de pessoas e apreciando a arquitetura do Museu do Louvre. 

Na volta, ao invés de voltarmos pelo Jardim das Tulherias, seguimos pela Rue de Rivoli, viramos à direita na Rue Royale, contornamos a Igreja da Madeleine, seguimos pela Rue Tronchet, atravessamos o Boulevard Hausmann, seguimos pela Rue du Havre e subimos a Rue d'Amsterdam passando em frente à Gare Saint Lazare. Anos mais tarde, descobri que esse fora parte do trajeto a pé  que Robert Langdon e Sophie Neveu fizeram ao fugir do Louvre após o assassinato do curador do museu, Jacques Saunière, em O Código Da Vinci, do escritor norte-americano Dan Brown. Um best-seller que virou filme, com Tom Hanks no papel principal. 

Para finalizar o dia, passamos no Quick, rede de fast-food lá da França, para comprar lanches, pois já era tarde e os restaurantes já estavam fechando. Aliás, o Quick e o mercadinho perto do hotel foram a nossa salvação nessa viagem à Paris, pois perder a hora da janta foi normal, já que só escurecia por volta  23 horas. 

E a caminhada por Paris continua no próximo post.


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Chegando em Paris pela primeira vez


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